Cientista de dados – Veja o guia completo sobre a profissão
Cientista de dados: um guia sobre a profissão
Entenda por que o cientista de dados é altamente requisitado pelas empresas e conheça os caminhos para se tornar um profissional da área.
Uma área em constante expansão
A profissão “cientista de dados” passou por diversas transformações e definições ao longo do tempo. Antes, ‘cientista de dados’ era um termo de agrupamento para profissionais que lidassem com a coleta e leitura de dados, já atualmente é a designação de uma das carreiras mais promissoras disponíveis no mercado. Para chegar ao que conhecemos hoje – um híbrido entre TI, estatística e negócios -, a ciência de dados teve uma grande ajuda: a popularização da Internet.
O acesso aos dados, antes limitado, difundiu-se com a rede mundial de computadores. Ferramentas de análise de tráfego, blogs, redes sociais, plugins, GPS, celulares e muito mais – tudo isso contribui para que hoje tenhamos o volume de mais de 90 zettabytes (10²¹) de dados sendo compartilhados, criados, capturados e copiados globalmente na Internet*.
Na era dos grandes volumes de informações, os cientistas de dados são indispensáveis, visto que conseguem encontrar, coletar e interpretar insights valiosos para todo e qualquer mercado/empresas, guiando a inteligência do negócio de forma fundamentada e segura.
A pretexto disso, a área de dados têm sido uma opção popular entre muitos – desde aqueles que buscam a primeira graduação até os que desejam mudar de carreira ou complementar o currículo. Por se tratar de um campo relativamente novo, no entanto, há diversas dúvidas a respeito da profissão e do que um cientista de dados faz.
Essa página compila tudo que você precisa saber para dar início (ou continuidade) aos seus estudos de ciência de dados sem medo. Confira!
*Statista
Cientista de dados: o que faz?
Em resumo, o cientista de dados é o profissional responsável por reunir, tratar, organizar e interpretar um grande volume de dados a fim de auxiliar na resolução de problemas e guiar a inteligência do negócio (business intelligence).
Nos últimos anos, sobretudo após a pandemia, o número de empresas que migraram para o digital cresceu de forma acelerada, e hoje é impensável gerir um negócio sem que ao menos parte de suas operações e ações seja feita no digital. É por essa razão que o cientista de dados é tão importante para as empresas. A habilidade de interpretar informações recolhidas é cada vez mais necessária para o sucesso no mercado.
Trata-se de uma profissão multidisciplinar, que envolve TI, estatística e conhecimento de negócio. A TI é para a programação e o manuseamento de dados nos bancos de dados; a estatística servem para a interpretação dos dados disponíveis; e, por fim, o conhecimento de negócio é para que o profissional saiba como aplicar os resultados no mercado, de forma a fornecer insights para a instituição a qual está a serviço.
Dentre as atividades componentes do cotidiano de um profissional de ciência de dados, pode-se destacar:
- Lidar com projetos interdisciplinares
- Procurar por novos projetos
- Reunir e organizar dados brutos
- Identificar padrões e tendências
- Se atualizar sobre as novidades da área
- Construir relacionamentos entre departamentos da empresa
- Analisar dados e anotar os resultados
- Pesquisar e desenvolver novas soluções ou conceitos
- Solucionar problemas de negócio
Quais ferramentas e tecnologias um cientista de dados precisa dominar?
Por se tratar de uma profissão ampla e em constante evolução, o cientista de dados trabalha com variadas ferramentas e tecnologias. Dentre elas, podemos destacar as seguintes mais usadas:
SQL
A SQL (Structured Query Language) é uma linguagem de programação voltada para a execução de comandos em bancos de dados com base em tabelas. Trata-se de um dos recursos mais utilizados por cientistas de dados no mundo, sendo obrigatório para qualquer profissional da área, uma vez que facilita o diálogo entre administradores de banco de dados e desenvolvedores.
R
R é uma linguagem de programação versátil que conta com uma série de bibliotecas voltadas para a análise de dados. É muito utilizada entre os profissionais da área por ser a mais simples de aprender.
Python
Mesmo que você nunca tenha trabalhado com TI, provavelmente já ouviu falar de Python, uma linguagem de programação de alto nível. Sua popularidade se deve ao fato de ser uma linguagem relativamente simples e de fácil compreensão, além de possuir utilidade para quase todo tipo de projeto virtual – desde o desenvolvimento de software até machine learning.
🡢 Para a área de dados, a linguagem Python é especialmente interessante devido a facilidade que ela oferece para a escrita de códigos e as diversas bibliotecas que aumentam os recursos e funcionalidades dos programas.
Anaconda
É um poderoso ambiente de programação com gerenciador de pacotes voltado para a análise de dados. Em outras palavras, ele é um software feito para que o cientista de dados tenha mais facilidade para escrever seus códigos.
Pandas
Também conhecida como Pandas Python, é uma das bibliotecas de softwares de análise de dados mais populares dentre as criadas para a linguagem Python.
Scikit-learn
Assim como o Pandas, o Scikit-learn é uma das bibliotecas desenvolvidas para Python mais conhecidas. A diferença entre ambas é que, enquanto Pandas é voltada para a análise de dados, Scikit-learn tem como foco o machine learning (aprendizado de máquina).
Microsoft Power BI
Trata-se da ferramenta de business intelligence da Microsoft. O software traz uma variedade de serviços facilitadores da análise de dados, desde a possibilidade de cruzamento de dados de diferentes matrizes até a disponibilização do conteúdo em uma interface intuitiva.
Microsoft Azure
Parte importante da transformação digital das empresas, o Microsoft Azure é um dos principais provedores de hospedagem de servidores (data center) no mundo. Ele serve para o armazenamento e processamento de todos os dados requeridos e gerados por uma instituição diariamente.
Jupyter
O Jupyter Notebook, parte do Projeto Jupyter, é um ambiente de programação online que permite a compilação de diversas linguagens num mesmo documento. É como se fosse um caderno de notas, mas que traz as anotações à vida. Trata-se de uma ferramenta muito importante para qualquer programador, em especial cientistas de dados, que trabalham com dados de diferentes fontes.
Quanto ganha um cientista de dados?
Como já falado aqui, a ciência de dados é uma área bastante promissora. E isso é quase inerente a sua razão de ser: negócios de todos os setores e portes precisam dos serviços dos profissionais de dados, uma vez que eles podem garantir diversas melhorias no funcionamento da empresa, desde aumentos nas margens ou produtividade até upgrades nos processos burocráticos.
Com a tendência do crescimento do volume de dados na Internet (big data), as empresas que não aproveitarem todo o potencial de crescimento que estes dados carregam podem sair no prejuízo no mundo dos negócios.
Isso, aliado ao quão recente este mercado é, faz com que profissões como cientista de dados, analista de BI (business intelligence) e analista de dados alcancem altas propostas de salário e muitas oportunidades de emprego. A falta de mão de obra qualificada e a alta demanda, realidade em grande parte dos cargos de TI, fazem com que a remuneração destes profissionais seja bem recompensadora.
Segundo o site brasileiro Vagas, o salário de um cientista de dados pode chegar a mais de R$ 8.000. A média salarial é de cerca de R$ 6.100 e o teto atinge a marca dos R$ 17.600.
A remuneração do cientista de dados aumentou consideravelmente nos últimos anos (cerca de 40%, segundo o portal Valor Econômico) e a tendência é de que esse crescimento continue a médio prazo, tendo em vista a carência de mão de obra qualificada na área. Dessa forma, sempre há oportunidade de melhorias em salário e empresa mesmo para o cientista de dados que já está satisfeito com esses pontos em seu cargo atual.
Como se tornar um cientista de dados?
Essa área apresenta uma demanda crescente e, por isso, os caminhos para o ingresso profissional são variados. Muitos acreditam que só é possível ingressar na área com uma faculdade de cientista de dados. Entretanto, o contexto em que a pessoa se encontra ajuda a entender melhor qual o caminho mais vantajoso para conseguir ingressar nesse campo.
Como toda carreira, a ciência de dados exige estudo e dedicação constantes. É imprescindível que o cientista de dados domine as tecnologias mais atuais e demandadas pelo mercado. Com tantas possibilidades, é comum que as pessoas se perguntem qual é a melhor formação de cientista de dados.
Confira alguns dos principais caminhos que atendem as demandas de diferentes realidades profissionais:
- Cursos intensivo de média duração
Este tipo de oferta, que consiste em cursos intensivos e de imersão na área, é perfeito para aqueles que desejam mudar de carreira e não possuem formação no campo em questão. Por serem intensivos e ensinarem do zero, exigem bastante dedicação e tempo disponível do aluno, pois promovem um grande mergulho no campo e são voltados principalmente àqueles que não são da área, focando nas características para a empregabilidade do profissional.
Geralmente, este tipo de oferta responde a pessoas que já trabalham em outras áreas e desejam conquistar sua transição de carreira. Os bootcamps são os principais cursos deste tipo.
- Cursos técnicos de curta duração
Essa oferta, assim como a citada acima, também proporciona um aprendizado intensivo. Porém, geralmente são de uma duração menor e, por isso, proporcionam ao aluno uma liberdade maior de tempo. A grande diferença em relação aos bootcamps é que este tipo de oferta não tem como foco a transição de carreira do profissional já atuante, mas sim um aprofundamento do aluno à área, além de servir como um excelente complemento curricular.
- Graduação
A faculdade é a opção mais comum e conhecida. Claro, o peso de uma graduação é conhecido por todos e geralmente atinge mais as pessoas que estão definindo e explorando as possibilidades de seu futuro profissional. Uma graduação se relaciona especialmente com os recém-formados que possuem tempo para estudar e se dedicar por 2 ou mais anos. É uma oferta para quem deseja aprender a ciência de dados de forma menos intensa e mais gradual.
Mas vale destacar que hoje em dia uma graduação não serve apenas aos recém-formados, pois existem ofertas como o EAD que proporcionam aos profissionais já atuantes – e com menos tempo disponível – uma formação mais flexível e que se encaixa em suas agendas.
O curso de cientista de dados mais recomendado é o de Ciência de Dados.
- Pós-Graduação
Para quem já é graduado, uma excelente opção para aprofundamento e destaque curricular (e, em muitos casos, inserção na área) é uma pós-graduação. Com duração de 1 a 2 anos e também com a possibilidade do EAD, que garante flexibilidade de horário, uma pós aumenta consideravelmente as chances de ascensão profissional no meio.
A oferta de pós está muito ligada à ideia de aprofundamento e especialização. Porém, em alguns casos, ela também pode servir a diferentes objetivos profissionais, sendo eles
- Quem já é graduado e deseja complementar sua própria área com os ensinamentos.
- Ao graduado que deseja se inserir numa carreira nova da pós em questão
Como saber se vou gostar do curso?
Uma das principais dificuldades dos alunos que estão em busca da primeira graduação ou que desejam migrar de carreira é a dúvida quanto à compatibilidade com o curso escolhido. Há 2 dicas que podem auxiliar aqueles que caem neste impasse:
Analisar a grade curricular do curso
Conferir as disciplinas e temas abordados do curso visado é uma boa maneira de saber se você terá sucesso nele. A ementa costuma dar uma visão geral sobre o que será discutido em cada matéria, o que é uma ótima ferramenta para quem ainda está em dúvida.
Ler sobre o dia-a-dia profissional
Saber o cotidiano da profissão que você almeja e tentar se visualizar nele pode ajudar com as dúvidas sobre a carreira. Neste caso, vale tentar comparar as experiências dos profissionais com atividades parecidas que você exerce com certa frequência e que te trazem prazer.
Um curso de cientista de dados pode ser útil mesmo para quem não quer seguir carreira?
Sim! Esta é a beleza da ciência de dados: ela te proporciona ensinamentos que você pode usar em sua própria carreira/função. É uma área que ensina a tomar decisões assertivas a partir da leitura de dados, então pode ser empregada em muitos contextos.
Cargos em áreas como a de marketing e gerência de negócios em geral são exemplos perfeitamente ilustrativos de carreiras sobressalentes à TI cujos profissionais podem se beneficiar de uma formação em dados – seja para auxiliar na transformação digital de uma empresa ou para a tomada de decisões.
Por isso, se você lida com qualquer tipo de dados ou com gerência no seu cargo atual, a ciência de dados pode, sim, ser uma grande aliada. Através de um curso rápido, você pode alavancar sua carreira e, quem sabe, até mesmo conseguir uma nova fonte de renda.
Como ser um cientista de dados com um currículo de destaque?
Uma dúvida comum entre os recém-formados em ciência de dados diz respeito a como se destacar o suficiente profissionalmente para conseguir oportunidades ainda melhores. A resposta para essa pergunta já foi dada aqui, em diversas partes do texto. Mas, para facilitar, reunimos tudo nesta seção:
- Conquiste diplomas e/ou certificados – Faça cursos que te preparem para certificações e/ou te atualizem/aprofundem em ciência de dados. Isso aumenta o seu senso de autoridade na área e gera maior confiança para as empresas.
- Pratique e exponha-se – De nada adianta ter muita experiência se você não consegue demonstrar isso. Monte um portfólio profissional completo e acessível para outras pessoas.
- Faça networking – Quanto melhores forem as oportunidades profissionais que você conquistar agora, melhores serão as oportunidades futuras que chegarão até você. O networking é ideal para conseguir boas oportunidades, tanto acadêmica quanto profissionalmente.
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